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AUTOESTIMA E CÂNCER DE MAMA: UM OLHAR DE AMOR E SUPERAÇÃO – Por Lila Guimarães (@cenacrua)

 

SOBRE MULHERES

Escrever parte desta história é como contar sobre mim, minha avó, tias e inúmeras mulheres. Quiçá todas elas. Quando Lívia Cheble, uma das minhas melhores amigas, me revelou seu câncer de mama tão cedo aos 35 anos percebi que ser mulher é estarmos ligadas por fios totalmente indestrutíveis e ancestrais.

A ficha caiu: quando uma mulher está doente, todo o feminino também está. Assim como quando uma mulher se cura, ela fortalece toda uma egrégora, um mesmo corpo social e espiritual. Não consigo racionalizar mais do que isso. Apenas senti a notícia como uma bomba e uma lucidez tremenda sobre a doença.

 

Lívia Cheble, fisioterapeuta, 36 anos em foto feita por Paula Faraco no Parque Lage, Rio de Janeiro.

ESTADOS EMOCIONAIS NO TRATAMENTO

Passado o choque veio o medo, uma companhia que para Lívia sempre esteve ali, desde os 14 anos, quando começou a ter sangramentos pelo mamilo. “Eu era uma criança, só queria saber de jogar vôlei, mas minha mãe entendeu que precisava de acompanhamento e assim é há 20 anos. Faço fielmente os meus exames anuais e por conta deles pude monitorar todas as alterações suspeitas no meu corpo. Operei aos 17 para retirar um tumor benigno. Depois, mais uma cirurgia e virando os 36, no dia 28 de outubro do ano passado, um diagnóstico de malignidade. Um câncer, palavra que muita gente não suporta ouvir ou falar. Acho importante falar”, me contou Livoca (apelido carinhoso de infância). “Por mais que vivesse com a sombra dessa possibilidade, que soubesse que poderia acontecer comigo, foi um baque. A gente nunca está realmente preparada para uma situação como essa. Já tinha visto minha mãe, avó, madrinha e sogra passarem pelo tratamento! Sabia que ia sofrer, viver mil coisas que eu não queria. Minha vida ficou do avesso! Parei de trabalhar porque além de tudo tinha a pandemia, precisava me proteger. Sou fisioterapeuta e tenho contato físico com meus pacientes. Tudo se desconfigurou, mas fui atrás do que tinha que fazer. Investigamos como pudemos, muitas vezes as respostas não foram suficientes, o que aumentava a angústia. Passei por uma quimioterapia, depois uma rádio e hoje continuo com medicamento oral. Por mais alguns anos, estarei numa espécie de menopausa induzida, outra questão que mexe com minha cabeça. Além do tema autoestima. Sinto que tudo mudou, não só internamente.”

EFEITOS COLATERAIS E AUTOESTIMA

Sobre o impacto do tratamento oncológico na aparência e na autoestima, falei com a dermatologista Dra. Patricia Silveira que me confirmou que esse é um período delicado pelos efeitos colaterais. “Alguns medicamentos ressecam e causam algum grau de irritação à pele. Outros, surto de acne, coceira, queda de cabelo e até infecções. Além disso, o tratamento em si, pode influenciar o aspecto emocional, trazendo ansiedade e inseguranças”.

Geralmente também acontece o aumento da sensibilidade na epiderme, quando há o uso de substâncias fotossensíveis nos medicamentos, ou alteração no seu tom natural, como foi com Lívia. “A químio deixa uma cor estranha no corpo. Não podia pegar nada de sol, sentia a pele repuxando inteira. Precisei redobrar o cuidado com hidratação e proteção. Mudei meu sabonete de banho e rosto e busquei um protetor solar mais hidratante e menos tóxico. Fui obrigada a me perceber mais e tive que modificar a forma como estava lidando comigo”.

TRANSIÇÃO PARA OS COSMÉTICOS LIMPOS

A transição para os cosméticos limpos veio como mais uma demanda, contornada pelos pequenos prazeres de estar em contato com ingredientes saudáveis. Também “pela sensação de estar no meio de uma horta”, como ela descreve o aroma reconfortante dos produtos que passou a usar com “cheiro de verde” proveniente dos óleos essenciais que também são terapêuticos e trazem bem-estar.

Tudo começou logo depois da cirurgia, no dia 4 de fevereiro, por conta da cicatriz na axila, Lívia não podia usar o seu desodorante de sempre, só composições naturais. “Por causa do vôlei, desde nova eu usei muito desodorante spray. Tinha mania de aplicar várias vezes ao dia. Já estava na hora de me livrar do alumínio. Por que não fazer uma revisão de tudo, mudar de fora para dentro e de dentro para fora? O clique veio numa conversa com minha nutróloga, naquele momento toda minha alimentação estava super saudável e planejada em cima dos meus exames de sangue. Bebia e ainda bebo 3 litros de água diariamente. Me toquei: “não pode ser só o que eu como que me faz mal”. O pouco que uso de cosmético, e eu uso todo dia, me afeta também! Agora quero só o que me faz bem!”

Em seguida, Lívia trocou pasta de dente, creme hidratante, shampoo, condicionador, maquiagem, até a escova dental agora é de bambu já que sustentabilidade é um dos pilares mais consistentes do consumo consciente. A vontade de melhorar hábitos cresceu e é “um caminho sem volta”.

AUTOCUIDADO E BEM-ESTAR

Ainda sobre sua aparência, as olheiras ficaram mais profundas por conta das noites difíceis, quando se via sozinha e podia chorar sem preocupar ninguém, ou quando não conseguia pregar os olhos sentindo todo o peso da situação. “Tive que reaprender a dormir. Entendi que precisava fazer coisas boas ao deitar. Uma delas era cuidar da pele, fazer uma automassagem e criei um ritual noturno. Passei a usar a água floral da linha Nascer no rosto, colo e pescoço. Por conta da calêndula e da lavanda me sentia mais calma. Hoje a água virou meu perfume.”

Numa jornada atenciosa como a da Lívia, de autoconhecimento e de redescoberta da própria beleza, são os detalhes, sutilezas, que muitas vezes viram importantes chaves para uma relação mais positiva com a nova imagem. Em alguns casos, as mamas ganham formatos diferentes com cicatrizes profundas ou há mastectomia, a retirada do seio, o que não aconteceu com ela.

De fato o câncer de mama além de ser o mais comum entre as mulheres é o que mais mexe com a autoestima feminina. Por isso a importância de olharmos para o assunto com cautela destacando o acolhimento e s empatia como aliados no processo de cura e de superação das pacientes. “O cuidar da pele e a valorização da beleza devem ser vistos como um pilar positivo da manutenção da saúde mental pelo autocuidado e amor próprio”, completou Dra. Patrícia.

CABELO E A IMAGEM PELO ESPELHO

Cabelo, cílios e sobrancelhas também caíram bastante. “Meu cabelo sempre foi longo, volumoso, forte. Com ele ralo me sentia sucumbindo à doença. Foi quando vi você de cabeça raspada. Olhei sua foto e não parava de chorar porque eu estava muito triste com a minha imagem. Na mesma semana eu cortei bem baixinho, no dia 20 de agosto. Eu saí do salão como se tudo tivesse mudado. Fiquei apaixonada pelo meu cabelo curto!”

UM OLHAR ATENCIOSO PARA A VIDA

“Depois de 36 anos, todo dia eu tenho o meu momento, eu estou fazendo alguma coisa por mim. Literalmente me despi para me tratar e me amar, passei a querer pra mim coisas que fossem tão boas quanto as que eu sempre fiz e quis para todo mundo. Hoje minha autoestima está ótima! Ótima é demais, ela está muito boa! Mas foi muito difícil encarar como na verdade ela estava baixa até mesmo antes do câncer”, Lívia.

Durante a conversa para esta matéria, acabei sabendo de detalhes que nem desconfiava apesar da nossa intimidade. Fui me inteirando de tudo, passo a passo, numa linha cronológica precisa. Lívia lembra exatamente de todas as datas importantes, dia do mês e da semana.

No fim, entendi que é no dia a dia mesmo a superação e que 24 horas ganham uma dimensão ainda maior de relevância na vida. “Vi que muita coisa que achava clichê não é! Durante o tratamento, o medo é inevitável. Ele ainda me acompanha todo dia, mas uma coisa que me deu calma foi a minha rede de apoio e não deixar essa rede fora dos meus processos. A cada noite tinha a certeza de que tudo passaria. Toda dor. Tudo passa. Tudo passa”.

Hoje, dia 25 de outubro – mês dedicado à prevenção ao câncer de mama, com a campanha internacional Outubro Rosa – exatamente 1 ano depois do início dessa história, Lívia abriu sua intimidade para inspirar outras mulheres. Me sinto honrada em ser ponte pelo blog da BIOART para falar com vocês que nos leram até aqui! Essa narrativa feita a tantas mãos e corações. Obrigada!

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BIOART INAUGURA SEU PRIMEIRO QUIOSQUE SUSTENTÁVEL E TRAZ AÇÕES PARA AJUDAR O MEIO AMBIENTE

Localizado no jardim do Aeroporto Internacional de Florianópolis, o projeto apresenta arquitetura sustentável, ponto de coleta de embalagens, que serão transformadas em novas, e retirada dos lixos dos mares da região.

A Bioart, marca clean beauty de biodermocosméticos naturais, veganos e sustentáveis, celebra 11 anos de história inaugurando seu primeiro quiosque, totalmente sustentável, no dia 16 de agosto. Localizado no jardim do Aeroporto Internacional de Florianópolis – Hercílio Luz, cidade berço da empresa, o espaço priorizou o cuidado com o meio ambiente em todo o seu processo de construção, trazendo compensado naval feito de madeira proveniente de reflorestamento, iluminação de led, que além de economizar a energia, não contém materiais prejudiciais ao meio ambiente. Também foram utilizados fragmentos, que seriam descartados, de marmorarias e jazidas. E as novidades não param por aí! A empresa será a pioneira na implementação do sistema de Upcycling (reaproveitamento de resíduos) das embalagens de cosméticos, que se transformarão em futuras embalagens da marca ou partes das próximas lojas.

Além do sistema de reaproveitamento de resíduos, a Bioart contará também com a ajuda de times de esportistas, que irão retirar o lixo dos mares de Florianópolis e toda região, transformando os materiais descartados em novas formas de uso. “Seguiremos todos os protocolos de segurança indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para realizar essa ação. Haverá pontos de coletas perto dos oceanos de Florianópolis e em nosso primeiro quiosque sustentável no aeroporto”, explica Soraia Zonta, fundadora, CEO e Diretora de inovação e sustentabilidade da Bioart.

Inspirada na natureza e motivada pelo tratamento da pele, a Bioart inovou, 11 anos atrás, trazendo saúde através de ciência e biofórmulas com techbio, que trazem resultado dermatológico efetivo. Pioneira em desenvolver e produzir biocosméticos e eco make-ups no Brasil, a marca iniciou sua produção em um momento que o mercado pouco conhecia sobre o universo natural e segue transformando, trazendo inovação e preservando o meio ambiente. A marca foi a primeira empresa brasileira a trazer refil de maquiagem, a desenvolver protetor solar natural, fazer co-lab com dermatologista e a adotar o modelo de negócios sustentável Chemical Leasing, recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“A sustentabilidade permeia todos os processos da marca. Nossa fábrica sustentável está alinhada aos mais altos padrões de sustentabilidade que permitiram a certificação de produtos da francesa Ecocert Cosmo Natural, um dos principais e mais importantes selos naturais e orgânicos do mundo. Também realizamos pesquisas tecnológicas junto a Organização das Nações Unidas (ONU) e outros órgãos para não gerarmos lixo invisível durante a produção e também na utilização dos nossos produtos em casa, nos preocupando também com a logística reversa das embalagens. De forma simples e transparente, queremos fechar o ciclo na cadeia total de sustentabilidade”, conta Soraia Zonta

Arquitetura sustentável do quiosque

O quiosque da marca foi planejado minuciosamente em parceria com a Infinitah! projetos, que tem em seu DNA a sustentabilidade e a conexão com o que é fundamental para a vida e para a natureza, tendo como prioridade o cuidado com o meio ambiente. A busca pela essência e pelo que é verdadeiro move as duas empresas, por isso, encontraram soluções sustentáveis para a construção do espaço utilizando, acabamento natural composto de fragmentos de marmorarias e jazidas, que seriam descartados e tijolos sustentáveis artesanais. O espaço também conta com compensado naval, feito de madeira proveniente de reflorestamento e iluminação de led, que economiza energia e não prejudica o meio ambiente. Pontos estratégicos do quiosque são revestidos com lâminas de bambu natural trazendo sofisticação e beleza; esse material é considerado a madeira do futuro por ter ótimo custo-benefício, rápido crescimento, ser resistente e ao mesmo tempo flexível e ainda por ser uma das plantas que mais purifica o ar.

Criar um espaço que traz equilíbrio entre o ser humano, a tecnologia e a inovação, aliados ao respeito à natureza e aos animais foi o objetivo do projeto.

“Almejamos criar um espaço de inovação, informação e sustentabilidade dentro do jardim do aeroporto de Florianópolis. Esse local é muito especial. Foi idealizado e planejado nos últimos três anos. Envolvemos profissionais e ações conectados com nosso manifesto, para ser uma estrutura sustentável”, revela a fundadora.

“Quando conhecemos a Bioart e identificamos a seriedade e o cuidado que a empresa traz, desde a escolha dos ingredientes, desenvolvimento de cada produto e o pós-produção, foi amor à primeira vista; um encontro único. Toda a história da marca nos inspirou para levar a essência da empresa ao público através do ponto de venda. Foram quase 3 anos de estudos, pesquisas, análises de materiais e composição estética que resultaram em um local que traduz o espírito da Bioart: tecnológica, orgânica e vegana e que cuida da pele das pessoas sem prejudicar o planeta”, contam Gabriela Bosco Dutra e Vanessa Buonomo, da Infinitah! projetos

Ações sustentáveis para coletas de embalagens e materiais recicláveis

Além da estrutura do quiosque, há um trabalho especial com as embalagens dos produtos da marca. Feitas de papelão reciclado, a Bioart também faz parte de um programa de compensação ambiental das embalagens que coloca no mercado, oferecido pela eureciclo, um dos selos concedidos à marca, que destina recursos para o desenvolvimento e operação das cooperativas de reciclagem.

Pensando nos pilares de atuação social, ambiental e econômico, as vitrines de coleta de lixo da marca levarão os seguintes selos e comunicações:

Selo Reciclagem ♻ – para depositar os produtos de plástico verde, a marca vai transformar em uma nova embalagem para bioskincare BIOART.

Selo eureciclo – investimento em reciclagem por meio da compensação ambiental, destinando recursos a uma rede de cooperativas e operadores parceiros, que são remunerados pelo serviço prestado de coleta e direcionamento de resíduos para a reciclagem.

Selo reciclagem convencional ♻ – para recolher embalagens de plástico e metal, ou embalagens retiradas das ruas e oceanos, que serão transformados em outros produtos.

Os coletores de lixo de metal serão doados para catadores e cooperativas, para incentivar a prática que mais gera renda no universo da reciclagem. O vidro terá incentivo especial para higienização e reuso em casa e haverá também compostagem para orientar e incentivar a prática no lar das pessoas. Além de um ”fale com a gente” para a população participar e saber sobre uma recompensa diferente a cada semana para incentivar todos a contribuírem com o sistema de coleta.

A inovações não param por aí! Nas comunicações desses pontos, a Bioart implementará o take back, que receberá embalagens da marca utilizadas pelos clientes, transformando-as em novos materiais e produtos, gerando assim novos ciclos. A empresa também planeja criar produtos com Design para ciclo fechado, que serão produtos que permitem uma reciclagem para materiais que voltam a ser eles mesmos.

Produtos, atendimento e incentivo à leitura

Todo o portfólio da marca, que conta hoje com mais de 60 produtos, à venda no site, poderá ser encontrado no quiosque, que devido às restrições impostas pela pandemia do Covid-19, os atendimentos no local poderão ser realizados com hora marcada, pelo aplicativo de mensagens, para que o momento da compra seja o mais confortável e seguro para todos.

Além dos produtos, o quiosque irá contar com um local de literatura de compra e indicação de livros. Os títulos disponíveis são: “Os desafios da mulher empreendedora do novo tempo”, título que a Soraia Zonta é co-autora, relata os desafios enfrentados pelas mulheres neste período de pandemia. Estão reunidas nesta obra, 24 mulheres, dos mais diversos segmentos: moda, mecânica, gastronomia, alimentício, esporte, cultura, beleza, líderes de mulheres, logísticas e tantos outros nichos. E o livro “Você Mulher Ainda Melhor”, da jornalista e escritora Ana Lavratti, que traz 30 biografias de mulheres que inspiram, inclusive traz a trajetória de Soraia Zonta. Ao desbravar essas histórias de mulheres de valor, o leitor recebe um chamado a acessar o seu melhor.

Serviço:

  • Para atendimento com hora marcada, é necessário enviar uma mensagem para: (48) 9 9129-7853
  • Atendimento acontecerá das 9:00 às 19:00.
  • seja@bioart.eco.br

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA:
Index – Estratégias de Comunicação
(11) 3068-2000
Joyce Muller – joycemuller@indexconectada.com.br
Nahuara Moraes – nahuara@indexconectada.com.br
Kelly Karoline – kellykaroline@indexconectada.com.br